Quando foi?

Quando foi? Quando foi que aconteceu? Quando foi que eu permiti que os meus olhos se fechassem? Quando foi que eu aceitei pegar na sua mão e caminhar lado a lado rumo à eternidade? Me diz! Quando foi que eu disse “eu te amo”? Quando, quando, quando? Quando foi que eu disse “sim” a você? 

Ainda não foi? Como assim? Não fechei meus olhos aceitando caminhar lado a lado rumo à eternidade, dizendo sempre que te amo e falando sim pra você? Não? Não! Ufa! Foi só um sonho. Não tô pronta pra me entregar de braços abertos para a loucura que é o amor.

Sendo assim... Acho que vou voltar para o meu sonho! Lá nada me atingirá de verdade, nada é real. Mas é tão bom de sentir que posso até jurar, apesar do desespero, que é gostoso o gosto de amar.

“Ainda preciso aprender a aproximar-se de ti mais moderadamente; o meu coração acorre ao teu encontro com demasiada pressa. Este coração onde arde o meu estio, o breve, ardente, melancólico e venturoso estio. Como anela pela sua frescura o meu coração estival!”

(Assim falou Zaratustra – Friedrich Nietzsche)